terça-feira, 20 de julho de 2010

PRIMEIRO PASSO

Ganhar um pouco de reconhecimento da pessoa que é exemplo na sua profissão. Uma simples resposta, acompanhada de um discreto elogio, a sensação causada por esta atitude talvez não possa ser transmitida em palavras, mas vale o orgulho refletido nos outros, e a satisfação própria. A explicação para este paragráfo de abertura segue em link, e em um texto copiado com as mesmas palavras escritas no blog do Cosme Rímoli, jornalista esportivo que admiro desde antes da decisão de seguir carreira em jornalismo. http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/ Link do Blog http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/?comments_popup=6291 Link do comentário

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Gabriel Abbadia - 18/07/2010 - 21:57

Muito bom seu blog Cosme, sou fã do seu trabalho, te vi pela primeira vez no Por Dentro da Bola, na Bandsports. Gosto da sua postura como jornalista e do seu estilo de escrever aqui no blog, é claro e passa muitas informações, algumas delas bem bombásticas. Visita o meu blog e deixa um comentário : quemganhafica.blogspot.com . Eu ficaria feliz, faço jornalismo, estou no primeiro ano e pretendo seguir o jornalismo esportivo, tendo você como um grande exemplo. Abraços , Gabriel.

Gabriel, ótima foto inicial. Blog interessante. Tentei colocar meu comentário lá, mas houve problemas de configuração. Você tem de resolver isso. E o conselho: acredite, não desista, tenha sempre a sua opinião, sua visão das coisas. E se informe o máximo que puder antes de escrever. Grande abraço. Boa sorte. Cosme Rímoli...

--------------------------------------------------------------------------------------------- A humildade com que respondeu meu comentário e os belos conselhos que me deu tornaram este momento ainda melhor, e aumentaram minha admiração por seu trabalho. Não pude acreditar que um profissional de tanta competência, e que faz, na minha opinião, o melhor blog brasileiro sobre esportes, leu o meu blog, e ainda escreveu um elogio pequeno, que se tornou gigantes aos meus olhos. Torço pra que Cosme Rímoli continue passando aqui de vez em quando, seria uma honra receber uma presença tão ilustre, ainda mais sendo seu grande fã.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PIOR IMPOSSÍVEL

O Campeonato Brasileiro recomeçou há duas rodadas. Faltam poucos dias para o reinício da Libertadores, dia 28 São Paulo e Internacional se enfrentam no Beira- Rio por uma vaga na final. As finais da Copa do Brasil já começam dia 4 de agosto, na Vila Belmiro.
Mesmo com todos os acontecimentos e assuntos para se falar, o principal comentário em todas transmissões e veículos de notícia esportiva é sobre quem assumirá o cargo de treinador da Seleção Brasileira. Depois do comando da canarinho passar por Parreira, em 2006, e Dunga, em 2010, o próximo técnico terá a difícil missão de corrigir os erros feitos pelos antecessores, e renovar a Seleção para fazer bonito em 2014.
O novo treinador não deve tomar como exemplo a forma como a Seleção foi dirigida desde 2002, quando Felipão saiu do comando. Erros diferentes, mas igualmente óbvios cometeram os dois treinadores que tiveram o cargo nesse período de tempo, Carlos Alberto Parreira era liberal demais : a concentração da Seleção Brasileira era uma festa, e alguns jogadores, incluindo Ronaldo e Adriano, não estavam na forma ideal para o jogo, fazendo com que a Copa de 2006, que era promessa de título para o Brasil, se tornasse um fiasco em uma derrota humilhante para a França.
Em 2010, 4 anos depois, Dunga foi o treinador no banco da amarelinha, e tomando como exemplo a tragédia de 2006, transformou a Seleção em quartel, com concentrações exageradas, treinos fechados e coletivas mal humoradas, atitudes que faltaram na Copa da Alemanha, mas sobraram (até demais) na Copa da África do Sul.
Quem vier para o Brasil deve usar isso como exemplo, se é que existe algum, e dirigir a Seleção com um meio-termo, o time não deve ser uma baderna, mas também não precisam ser soldados com respostas treinadas e juramentos de amor a camisa. Os principais nomes que aparecem como possível futuro treinador são : Mano Menezes, Leonardo, Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari.
A dúvida de quem vai assumir a Seleção não durará muito tempo, já que a CBF vai anunciar o novo técnico até domingo, garantindo que não será uma escolha temporária.
Análise dos candidatos ao cargo.
Mano Menezes - Vêm fazendo um bom trabalho como técnico do Corinthians, chegou para subir o time de divisão, e conseguiu o título da série B, além do vice sofrido na Copa do Brasil. No ano seguinte, conquistou o Paulista invícto e a Copa do Brasil, mas o time foi desmanchado no meio do ano. No momento, utiliza as estrelas do mundial de 2002, Ronaldo e Roberto Carlos, e tenta conquistar ao menos um título no ano do centenário, depois do Timão ser eliminado da tão sonhada Libertadores, eliminação esta que teve grande parcela de culpa do técnico. A principal crítica sofrida é por ser um técnico retranqueiro, crítica que Dunga também sofreu.
Leonardo- Ex-jogador, atuou durante muito tempo na Seleção. Seu trabalho fora do campo teve início com um cargo na diretoria do Milan, que logo se transformou em sua primeira chance como treinador. Com um time fraco, não conseguiu conquistar títulos com o clube italiano, mas fez Ronaldinho voltar a jogar bola. Seu trabalho foi reconhecido, o tornando um dos principais nomes para comandar a Seleção verde e amarela. Seu ponto fraco é a falta de experiência, ponto fraco que Dunga também tinha.
Muricy Ramalho- Depois do trabalho perfeito que teve no São Paulo, conquistando o tri-Campeonato Brasileiro, foi demitido com a desculpa que não sabia jogar mata-mata. Contratado pelo Palmeiras, não conseguiu fazer um bom trabalho, talvez por não ter tantos bons jogadores como tinha no time tricolor, e foi demitido após menos de um ano de trabalho, instalando uma crise que dura até hoje no Palestra. Hoje é técnico do Fluminense, e tenta erguer o time depois do quase rebaixamento em 2009. O lado negativo é seu mau-humor e grosseria nas entrevistas, um dos lados negativos de Dunga.
Vanderlei Luxemburgo- Entre estes nomes, o que tem menos chances de dirigir a Seleção. Já foi treinador do Brasil, comandava o time na histórica derrota para Camarões nas Olímpiadas de 2000, jogo que causou sua demissão. Desde lá, acumula títulos por onde passa, incluindo a tríplice coroa pelo Cruzeiro, em 2003. Já dirigiu um dos principais times do mundo, o Real Madrid. Tem a competência necessária para se tornar o novo técnico, mas mesmo com sua bagagem, não vive uma fase muito boa e não deve ser o escolhido para o cargo.
Luiz Felipe Scolari- Campeão da Copa do Mundo de 2002 comandando o Brasil, saiu após a conquista, deixando saudades nos brasileiros. Felipão é o favorito da torcida, porém a CBF não costuma repetir técnicos, e o treinador acabou de chegar no Palestra Itália para tentar salvar o Palmeiras da crise, o que também dificulta sua saída para a Seleção. Seria um grande nome, mas sua volta à Seleção Brasileira se torna cada vez mais distante.
O melhor nome da lista é Felipão. Porém qualquer um que seja escolhido entre estes favoritos deverá melhorar a Seleção, já que o antigo treinador reunia os defeitos, mas não tinha as qualidades que cada um apresenta.

domingo, 18 de julho de 2010

SURPRESA EM FLORIPA

Na Ressacada, estádio do Avaí, um grande nome para dirigir a seleção volta ao futebol brasileiro depois de 10 anos. Luiz Felipe Scolari volta para o lugar de onde saiu, em 2000, o banco do Palmeiras, como treinador e esperança da torcida alviverde em busca de vitórias. Mas foi o treinador do Avaí, Antônio Lopes, o vencedor, estragando a estréia de Felipão.
O Palmeiras começou bem o jogo, e mesmo fora de casa, conseguiu manter a posse de bola no ataque, com Kleber segurando a bola e sofrendo faltas. Foi em uma dessas bolas paradas que surgiu o primeiro gol do Verdão. Marcos Assunção, que parece Cristiano Ronaldo batendo falta, mandou um foguete que lembrou os do português, o goleiro Renan soltou, e a revelação da base palmeirense Gabriel Silva, substituto de Armero na esquerda, marcou seu primeiro gol como profissional.
O jogo seguiu e o Avaí surpreendeu, virada do time da casa depois de um chute de fora da área de Caio e uma bela triangulação finalizada por Robinho. Com o placar a seu favor, o time da casa administraria a partida até o fim do primeiro tempo, mas ninguém avisou Pará, que já tinha amarelo e ingenuamente, deu um carrinho em Márcio Araújo e acabou expulso, mandando os planos por água abaixo.
No segundo tempo, o Palmeiras aproveitou a vantagem numérica de jogadores, e Kleber sofreu outra falta, mas dessa vez dentro da área, pênalti. Depois da sequência de pênaltis perdidos pelo alviverde, e de perder um no amistoso, o Gladiador marcou batendo no meio, pra não errar. A pressão continuou em cima do Avaí, mas foi acalmada depois da neblina causada pelos sinalizadores da torcida palmeirense, que invadiu o campo. A fumaça acabou sendo boa para o time da casa, que conseguiu igualar a partida, parecendo que também jogava com 11.
Nos acréscimos, veio o merecimento depois do bom futebol apresentado. Caio, o melhor em campo, marcou depois dos 45, após pênalti sofrido por Roberto, que causou a expulsão do zagueiro palmeirense Léo. O Palmeiras foi desesperado tentar o gol de empate, mas foi surpreendido com o contra ataque que resultou no golaço de Roberto, que driblou o goleiro Deola na intermediária, após saída precipitada, e emendou de trivela para o fundo da rede, para a alegria da torcida em Florianópolis, e do ídolo brasileiro Gustavo Kuerten, torcedor ilustre do Avaí, que acompanhava o jogão no camarote.

O time de Florianópolis surpreende, e termina a semana como pesadelo dos paulistas, após as vitórias sobre os grandes. Ganhou do São Paulo por 2 a 1 na quarta-feira, e hoje venceu o Palmeiras por 4 a 2, garantindo 6 pontos na tabela .

MUITO LÍDER !

Na segunda rodada depois da parada da Copa do Mundo, os times vão mostrando as mudanças feitas nesse tempo, e se a pausa fez bem ou não ao futebol do elenco. Antes do duelo de domingo a tarde no Pacaembu, o jogo já prometia, os dois times são comandados por técnicos que estão cotados para treinar a seleção brasileira. Mano Menezes, do Corinthians, diz que a pausa foi boa para o time e que não se brinca com clube que é comandado por Vanderlei Luxemburgo, outro nome na lista dos que podem dirigir a canarinho, treinador do Atlético-MG.
O Corinthians aproveitou a empolgação da torcida e pressionava o adversário o tempo todo, mostrando, que assim como Roberto Carlos já disse, "é praticamente imbatível jogando em casa", prova disso são os 100% de aproveitamento como mandante. O jogo começou com tudo, e Chicão, o zagueiro-artilheiro, batedor oficial de bolas paradas do time, perdeu um pênalti sofrido por Dentinho logo no começo do jogo, e com ele a chance de jogar o resto da partida com superioridade no placar.
O time alvinegro continuou jogando melhor, e mostrou que são os canhotos do time que ditam o ritmo e criam as jogadas, Roberto Carlos e Bruno César tocam na bola em todos os lances, e são deles todos os chutes de fora da área, todos com qualidade. Apesar da pressão corinthiana, o Atlético quase marcou no fim do primeiro tempo com uma bola no travessão, chutada de dentro da área por Neto Berola, na única chance do time mineiro.
As duas esquipes voltaram para o segundo tempo com as alterações esperadas pelas torcidas, Mano sacou Iarley e colocou o perigoso Jorge Henrique, enquanto Luxemburgo sacou Neto Berola e colocou Diego Souza. Apesar das mudanças, o jogo continuou o mesmo: o Corinthians pressionava o Atlético atacando o tempo todo, criando chances com troca de passes, cruzamentos e chutes de fora da área, mas nenhuma delas oportunidade clara de gol.

Foi o novo craque corinthiano que salvou a pátria, Bruno César arriscou o chute, deu sorte quando a bola desviou em Jairo e morreu no fundo da rede de Fábio Costa, sem chances para o goleiro, decidindo o jogo, que terminou em 1 a 0. O quarto gol de Bruno pelo Timão, gol que premiou a insistência alvinegra, garantiu a liderança isolada, manteve os 100% em casa, e a invencibilidade no Campeonato Brasileiro. O Corinthians continua o mesmo depois da paralisação, ganhando em casa, e garantindo pontos fora, ainda sem perder no torneio.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O TORCEDOR NÃO EXIGE MUITO

O Campeonato Brasileiro volta nesta quarta-feira, será (re)inaugurado com o jogo entre Corinthians e Ceará, os dois times têm o mesmo número de pontos, e só são separados em 1°, Corinthians e 2°, Ceará, pelo saldo de gols.
Mesmo com a disputa acirrada logo no retorno, com promessa de bons jogos, amanhã Palmeiras e Santos já fazem um clássico paulista, e novidades com as mudanças feitas nos principais clubes do Brasil, o Brasileiro não chega nem perto da empolgação sentida antes de um jogo de Copa do Mundo ou da expectativa que surge entre duas seleções disputando um jogo no maior torneio de futebol mundial.
O apaixonado por futebol se decepciona com a falta de estrutura dos estádios, a incapacidade de organização do campeonato, e o nível técnico ruim da maioria dos jogadores da série A. Mas a empolgação de assistir e torcer para uma equipe em um jogo de futebol superam qualquer um desses problemas, e o Brasileiro se torna mais uma vez o assunto nacional nas rodas de futebol, e o maior motivo de brigas e discussões entre os torcedores.
O torneio nacional vai recomeçar hoje, os times estão (alguns muito) mudados, e os treinadores tiveram tempo para preparar seus jogadores e recuperá-los fisicamente. A qualidade do jogo não é a mesma da Copa do Mundo, mas qualquer apaixonado for futebol se contenta com pouco: 11 de cada lado, um juiz e dois bandeirinhas pra xingar, e (principalmente) uma bola balançando as redes.
Aqui vão algumas novidades pra empolgar o torcedor para este Brasileiro .
O time que apresenta mais novidades na volta do campeonato é o Palmeiras, depois da crise, o time busca a recuperação com a volta de Felipão como treinador, do ídolo Kleber no ataque e ainda aguarda o retorno de Valdivia para compor o meio-campo depois da saída de Diego Souza, para o Atlético-MG.
Keirrison jogará no Santos, no lugar de André, vendido para o Dínamo de Kiev. Promessa de fazer um ataque ainda melhor, se juntando com os meninos da Vila.
No Botafogo, Maicosuel, que brilhou jogando pelo Fogão, volta ao time.
O Cruzeiro perdeu Guerrón para o Atlético-PR, mas contratou Robert, ex-Palmeiras, para jogar no ataque. Cuca será o novo treinador.
O Flamengo vive tempos ruins depois do título de 2009, e depois da saída do ataque titular, Adriano e Vagner Love, Bruno teve o contrato suspenso por suas atividades criminosas.
O Fluminense aguarda a chegada do craque português Deco, que jogou mal na Copa.
O Internacional volta forte para o Brasileiro e para a Libertadores. Repatriou o atacante Rafael Sóbis e o volante Tinga.
Nos grandes paulistas Corinthians e São Paulo, as mudanças não são tão significativas, mas o alvinegro perde seu goleiro titular Felipe, que pediu pra sair e foi trocado pelo experiente Bobadilla. E no tricolor, o lateral direito Cicinho voltou para o Roma, seu antigo clube.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O VERDADEIRO FUTEBOL

A velha crença de que só o resultado interessa. Coitado do time que tem um treinador que pensa assim, coitada da torcida que é obrigada a torcer para um time que joga assim. A Espanha provou que o futebol bonito também garante resultados, e levou a taça da Copa do Mundo, a primeira da Espanha. Fazendo história na Copa da África do Sul, a primeira no continente africano. O jogo parecia um campo de batalha, os holandeses decidiram que o único modo de parar os passes rápidos e envolventes do bonito futebol espanhol era deixá-los no chão. O juiz Howard Webb contribuiu guardando seu cartões e deixando o jogo rolar, até chute no peito De Jong acertou em Xabi Alonso, mas só recebeu amarelo. O primeiro tempo foi marcado pelas faltas, e a final de Copa do Mundo começou com um futebol feio e sem lances perigosos. Os times voltaram, a Holanda continuou encolhida, e a Espanha ficava com a posse de bola, mas sem conseguir chegar no gol de Stekelenburg. O primeiro lance de perigo premiou o futebol feio, a Laranja conseguiu um contra ataque lançando a bola para o eficiente Robben, que ficou cara a cara com Cassilas, mas parou em uma bela defesa com os pés. A Fúria respondeu usando o futebol que dá gosto de assistir, depois de uma troca de passes, a bola sobrou para o artilheiro Villa, que aproveitou a falha de Heitinga, o camisa 7 chutou de dentro da pequena área, mas o zagueiro holandês se redimiu atirando-se na bola e evitando o que seria o sexto gol do atacante na Copa.A Holanda ainda teve uma outra grande chance desperdiçada por Robben, que aproveitou sua velocidade contra o pesado zagueiro Puyol e mais uma vez ficou na cara do goleiro espanhol, mas foi neutralizado pelo camisa 1. Com o jogo a caminho da prorrogação, o dilema continuava, o técnico Bert Van Marwijk deixou a Holanda na defesa, tentando o resultado em uma jogada isolada, privando o time da técnica dos bons jogadores que tinha pra apostar em um futebol pesado e de jogadas isoladas. Vicente Del Bosque, sabendo da qualidade imensurável do time , fazia os jogadores continuarem com a posse da bola, esperando a jogada bonita surgir (o que é inevitável em um time como esse), e matar o jogo com o talento de finalização que não faltava no elenco. A Espanha insistiu no ataque, Del Bosque colocou Fabregas, deixando o time ainda mais bonito e ofensivo, e a bola sobrou depois para Iniesta depois de um cruzamento, que não perdoou e pegou de primeira para marcar o que seria o gol do primeiro título da Espanha em uma Copa do Mundo. É um título histórico, e que prova para o mundo que o futebol bonito, além de ser agradável e premiar sua torcida, é capaz de vencer com grandes resultados, superando times que entram em campo apenas pensando no adversário, jogando a partir de erros, e privando a torcida do que realmente é bom de se ver: gols e jogadas bonitas, que fazem a diferença, principalmente em uma final de Copa do Mundo. Foi uma Copa inesquecível, em um país africano, com uma torcida marcante e envolvente, marcada por jogos bons e ruins (muito ruins), jogadas e gols decisivos, e um campeão inédito. A Espanha mereceu, e mostrou o futebol que ganha, emociona quem assiste, e apaixona os torcedores: o futebol alegre e bonito de se ver.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O SONHO IMPOSSÍVEL

O Brasil vai embora mais cedo pra casa, sai nas quartas de final, após perder por 2 a 1 da Holanda.
As ameaças se tornaram realidade.
Faltaram reservas.
Felipe Melo perdeu a cabeça, foi expulso, vai (tarde) embora pra casa, de onde não devia ter saído.
Dunga não é mais técnico, e nunca devia ter sido.
Dizem que depois que acontece, é fácil criticar, não é o caso. Os jornalistas avisaram, as pessoas duvidaram, todos tinham medo, e no fundo, sabiam que essa não era uma boa seleção.
Mas, também no fundo, todos são brasileiros, que acreditam, tinham esperança nesse time, como em qualquer outro que entrasse em campo. Até o torcedor mais cético e desacreditado nutre esse tipo de sentimento ao ver a seleção brasileira em uma Copa.
Esse é o caso: o Brasil tem história, mesmo que chegue na África do Sul com um time duvidoso, e com um técnico que não deixa dúvidas ( é ruim ), merece muito respeito, são cinco títulos, o maior campeão, o mais invejado, que sempre jogou o melhor futebol.
Por isso a expressão de desilusão no rosto dos torcedores. 2006 se repete, com erros diferentes, mas igualmente óbvios, a esperança na conquista do hexa acabou, o sonho acabou, só voltará daqui a quatro anos.
A análise tática não se faz necessária numa hora dessas. Não conforta saber que o Brasil podia ter ganhado o jogo, perdeu para um adversário inferior, prova disso foi até Felipe Melo dar toque de craque entre a fraca defesa holandesa, e ainda falhou onde era infalível: com a bobeada da defesa, e com a saída errada de Julio Cesar.
Nenhum adversário assustou o Brasil na Copa do Mundo, o maior inimigo da seleção era ele mesmo, com a ilusão de que união e comprometimento pelo time ganhariam jogos, e com a birra de Dunga ao não levar quem apresentava melhor futebol.
A derrota estava escrita, mas o povo brasileiro não viu, se negava a ver. Sabiam que cedo ou tarde iria acontecer, só não queriam acreditar.
A ilusão continua, e a esperança é de que o sonho se torne realidade em 2014, aqui no Brasil.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

SELEÇÃO DA COPA

Há quem diga que a Copa de 2010 é a pior dos últimos tempos. Para outros, o torneio está sendo jogado em alto nível. A Copa do Mundo não vem apresentando goleadas ou partidas em que uma jogada de efeito muda toda a história do jogo, mas em compensação, os jogos estão sendo disputados como finais, cada gol é comemorado como gol de título, cada classificação como a conquista da taça, e cada eliminação é lamentada como a perda de um ente querido. Mesmo com os times equilibrados, algumas seleções se destacam como favoritas (mas nem tanto) para a conquista do título. É o caso de Alemanha, Brasil , Argentina e Espanha, que por enquanto, seguem confirmando seu favoritismo, deixando esquecida a histórica participação de Uruguai, Paraguai e Gana até aqui. O motivo para tanto equilíbrio, e incerteza de quem é a melhor seleção até agora, é a grande quantidade de bons jogadores que disputam a Copa, alguns deles já conhecidos e que era esperado uma boa atuação, e outros que se revelaram grandes craques no torneio. Aqui vai uma seleção dos melhores de cada posição, pelo futebol mostrado na Copa. Goleiro - Mesmo com as milagrosas defesas de Enyeama (Nigéria), seu time não conseguiu a classificação, deixando um pouco esquecida sua bela atuação. Se Julio César tivesse sido exigido até agora, talvez tomasse o lugar do nigeriano. Zagueiros- Lucio e Juan, os dois melhores jogadores da seleção brasileira até agora, conseguem ofuscar Kaká e Robinho com a segurança que demonstram na zaga. Lateral direito- Lahm, que jogava na esquerda, foi para a direita nesta Copa. É o lateral mais regular do torneio e comanda a seleção da Alemanha como capitão. Maicon fica no banco por enquanto. Lateral esquerdo- A posição mais carente no mundo, também está em falta em 2010. Prova disso é o que melhor lateral esquerdo da Copa é um jogador improvisado no setor : Coentrão (Portugal) Volante- Pouco falado, mas de eficiência incontestável, Schweinsteiger (Alemanha) toca na bola em todas as jogadas da Alemanha, fazendo dele um volante que também arma jogadas. Meias- Três jogadores se destacam na posição mais disputada da Copa. Sneidjer joga muito na Holanda, e com Robben machucado no início do torneio, se torna o melhor jogador da Laranja Mecânica. Forlan foi recuado para o meio de campo no segundo jogo, e não saiu mais de lá, leva a surpreendente seleção urugaia nas costas. A revelação da Copa, Ozil usa sua canhota para mudar o estilo do jogo alemão, um craque descoberto em plena Copa do Mundo. Atacantes- Messi (Argentina) é o melhor jogador do mundo, e prova isso nos gramados africanos. Na Fúria, Villa fez 4 dos 5 gols do time, é candidato a artilheiro da Copa e disputa com Messi quem será o melhor jogador do torneio. A seleção ficou totalmente ofensiva (assim que é bom! ), mas ganharia qualquer torneio. Reservas (Injustiçados)- Com tantos jogadores bons, alguns craques que jogariam em qualquer time ficam de fora da lista. Na zaga, Lugano comanda o setor e faz da seleção do Uruguai a menos vazada, com um gol. Maicon é o substituto da lateral direita. Mascherano pode disputar uma vaga como volante, trazendo um pouco mais de segurança para os zagueiros. Xavi e Iniesta repetiriam o entrosamento no Barça e formariam o meio de campo reserva. Para finalizar, os argentinos Higuain e Tevez merecem ser lembrados pela participação brilhante até agora. Contribuição de Adair