sexta-feira, 25 de junho de 2010

PROVA DE FOGO

Coletividade, coerência, comprometimento. São essas as justificativas (desculpas) que Dunga utiliza quando perguntado sobre a não-convocação de Ganso, Neymar, e principalmente, Ronaldinho Gaúcho.
As principais perguntas giravam em torno da possibilidade de Kaká não poder jogar alguma partida, e o que isto causaria na seleção. Quem seria seu substituto? Quem entraria no jogo se fosse necessário mudar a história da partida? Dunga ouviu as mesmas perguntas dezenas de vezes, se irritou em centenas de coletivas, ofendeu jornalistas devido a "perseguição" que tinham com ele, mas não aprendeu a lição.
O jogo de hoje serviu como prova de fogo, Elano e Kaká não poderiam jogar. Entraram nos seus lugares Daniel Alves e Julio Baptista, seria a prova de fogo para Dunga, mais ainda para seu discurso, que só fazia sentido para ele. Como uma seleção que só teve craques e priorizou o futebol bonito durante toda a história poderia se contentar com "comprometimento e coerência"? Como olhar para o banco do Brasil e ver Kleberson, Josué e Julio Baptista, enquanto Gaúcho, Ganso e Neymar só assistem a Copa, e acreditar que está tudo bem?
A partida não valia muita coisa (ainda bem), o Brasil só precisava do empate para assegurar a liderança do grupo G. E como a seleção de Dunga, por culpa dele, só faz o necessário, segurou o 0 a 0, um jogo sem graça e que não honrou toda a expectativa em cima do que disseram: seria o melhor jogo da primeira fase, privando os brasileiros do espetáculo que deveria ser o futebol de sua(afinal a seleção é do povo) seleção.
O teste de hoje falhou, Julio e Daniel não fizeram uma boa partida, mostrando que o Brasil depende de seus 11 titulares e da criatividade de Kaká no meio de campo, o que não é o suficiente pra conquistar uma Copa do Mundo.
Por enquanto o comandante da seleção pode ficar tranquilo, o Brasil podia jogar mal e empatar, os desfalques vieram em hora certa, mostrando que talvez a sorte de Dunga seja tão grande quanto sua antipatia com os jornalistas. Mas a marra e a irritação do professor Dunga podem manter seu discurso, mas não asseguram o bom futebol, deixando qualquer brasileiro com medo. O comprometimento de Julio Baptista, e a coerência em deixar craques brasileiros de fora da Copa estão surtindo efeitos, e não são positivos.
Resta saber se a coletividade manterá o Brasil na disputa, já que o bom futebol não o fará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário