quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MAIS QUE UM TIME, UMA NAÇÃO

"O Corinthians é o time do povo, e é o povo que vai fazer o time". A frase do primeiro presidente do Corinthians previu o que ia se tornar a nação corintiana.
O Corinthians completa 100 anos hoje. O mais importante deste centenário não são os ídolos, os títulos, os jogos marcantes ou os gols mais bonitos. Quando se pensa em Corinthians, se pensa na torcida corintiana, se pensa no bando de loucos.
O maior patrimônio do Sport Club Corinthians Paulista está perto de 30 milhoões. São 30 milhões de fiéis torcedores, que cantam, gritam e incentivam aonde quer que o time esteja, seja qual for o jogo. Ronaldo Fenômeno , um dos ídolos da Fiel resumiu este sentimento no seu primeiro jogo com a camisa do Corinthians: "Essa torcida é incrível, eles não param de cantar, e quando o time toma gol é que eles cantam ainda mais alto".
Nesta madrugada, aconteceu a festa da virada. Os corintianos comemoraram o dia do centenário com um reveillon fora de época, com direito a contagem regressiva, shows e depoimentos dos ídolos da Fiel. A festa foi enorme, 130 mil torcedores compareceram ao Vale do Anhangabaú para homenagear o time. A Fiel mais uma vez foi a protagonista do Corinthians, a torcida cantou, sorriu e chorou na festa que reuniu as emoções do clube ao longo de seus 100 anos.
Ironizado por muitos, mas amado pelos seus torcedores, o Corinthians sempre teve altos e baixos, e foi nas piores horas que todos se deram conta do que significava ser corintiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus. O time tomou posse de uma palavra do dicionário, e explicou melhor do que qualquer um o que significa ser FIEL.
Em 1976, o Timão já amargava um jejum de 22 anos sem títulos, e disputaria uma semifinal de Brasileiro com o Fluminense. Mesmo há 22 anos sem comemorar, mais de 60 mil torcedores alvinegros se deslocaram de São Paulo para o Rio de Janeiro, e fizeram o Maracanã se transformar em um caldeirão da Fiel. O jogo acabou 1 a 1 e o Corinthians levou nos pênaltis. Esse dia ficou conhecido como "Invasão corintiana" e mostrou todo o amor que o torcedor era capaz de demonstrar pelo clube.
No fim do ano de 2007, o Corinthians lutava para não cair depois de uma péssima campanha no Campeonato Brasileiro. O último jogo do ano foi no Olímpico, contra o Grêmio. A torcida alvinegra, como sempre, cumpriu seu papel e incentivou o time(que era horrível) durante todos os 90 minutos. O jogo terminou empatado, e o Timão foi rebaixado para a Série B. A torcida, em meio a gritos e lágrimas, protaganizou um dos momentos mais lindos do futebol, que arrepiou até os torcedores rivais. No apito final, com o time já rebaixado, os torcedores ergueram suas cabeças, balançaram suas bandeiras e juraram continuar amando o clube em qualquer situação, declarando seu amor com o grito que se eternizou: " Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo".
O amor do torcedor é declarado em cada jogo, cada momento da história do Corinthians. Quando perguntados porque tanta paixão por um time, os alvinegros não hesitam em dizer que o amor pelo Timão é maior que qualquer coisa, é um sentimento diferente, inexplicável. E são esses torcedores que conquistam qualquer um que passe por lá. O ídolo Sócrates confirma: "Quando cheguei ao Parque São Jorge eu disse, com absoluta frieza, que era anticorintiano. Hoje, com a carreira encerrada, digo com a mesma tranquilidade que sou corintiano até morrer".
O resumo da história destes 100 anos mostra o que é o Corinthians. São 100 anos de paixão, de amor e de orgulho por vestir uma camisa, balançar uma bandeira e entoar gritos de incentivo. O Corinthians se resume na arquibancada, em cada um dos torcedores alvinegros, o Corinthians se resume em ser um corintiano. Fica aqui um apelo para a torcida: que todo esse amor e devoção continue(e aumente) nos próximos 100 anos.
NÃO PARA, NÃO PARA, NÃO PARA Fiel.

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